sábado, 5 de setembro de 2009

Smartphones: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Todo ano os smartphones ganham mais processador, mais memória, mais funcionalidades(além da câmera, agora o GPS vai se tornar padrão em todos os telefones espertos).

Engraçado, acho que deveriam repensar essa tendência de colocar tanta coisa no Smartphone, antes que ele vire um SmartBrick, um tijolo-esperto.

Quer ver onde essa onde vai nos levar? Então me acompanhe.



Vamos colocar no nosso SmartBrick:
Display de 10" OLED Multi-Touch
Teclado Qwerty full
Camera 10Mpx
Filmadora HD
GPS com bússola magnética
Som estéreo Bose
3G e 4G
WiFi
WiMax
Bluetooth
NFC (Near Field Communication)
Bateria de 9 células
500GB de armazenamento SSD

Fala sério, como é que isso caberia no bolso. Eu quero um celular inteligente, e não um notebook com função de celular.

É assim, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Repitam comigo: Smartphone é celular, não é computador. De novo, Smartphone é celular, não é computador.

Um smartphone tem que ser desenvolvido com as seguintes premissas:
- De bolso
- Uso esporádico
- Interação rápida (liga, usa 15s, coloca no bolso)
- Foco disperso (usuário está fazendo mais de uma coisa por vez)
- Bateria é uma preocupação
- Imprecisão na interface(experimente teclar com o carro em movimento)

O que torna o Smartphone quase uma antítese do perfil de uso de um notebook/computador:
- De bolsa(ou mochila)
- Uso prolongado
- Foco e concentração na utilização
- Bateria quase não é um problema. Mas o usuário sofre de Síndrome do Pânico do Alcance(de uma tomada)
- Precisão na interface(touchpad/mouse, teclado confortável)

Um smartphone é bem diferente de um computador. E não há nada de errado nisso.

Um comentário:

  1. "Não, não é um carro, é o smartphone mais completo do mundo, você pode até dirigir. O único inconveniente é que não cabe no bolso."
    "Não é melhor comprar logo um carro?"
    "E perder a câmera de 20Mpx que vem imbutida? Claro que não."

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